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terça-feira, 12 de maio de 2015

ALIANÇA UNDERGROUND MUSEUM, IMPERDÍVEL

Domingos Silva e Ângelo Neves, mais 9 associados, fundaram em 1927, em Sangalhos, Anadia, a Aliança. Empresa que tem mais de 80 anos a produzir espumantes, vinhos e aguardentes de grande qualidade, na altura, começaram logo a exportar para Brasil, África e Europa. Rapidamente os seus produtos ficaram conhecidos pela qualidade que tinham. Hoje, ainda produzem todos esses produtos, mais focados em espumantes e aguardentes. Devido ao preço do m2 ser extremamente caro para poderem ampliar em largura, a única hipótese foi escavar. Foi assim que puderam ter os seus vinhos e espumantes em estágio, com temperatura natural baixa. Ainda hoje têm em estágio seus produtos em alguns dos túneis, que vão dar a uma sala gigante, a principal sala de estágio. Em 2007, o Grupo Bacalhôa Vinhos de Portugal adquiriu o capital maioritário da Aliança, e foi recentemente que, fortes investimentos foram feitos e foi inaugurado o Aliança Underground Museum, onde se pode visitar e apreciar 9 colecções extraordinárias do mundo, com milhões de anos. Uma exposição sempre em crescimento, com peças lindíssimas e raras, e muito bem explicadas pelo stuff que nos acompanha e nos encaminha por túneis e salas de rara beleza. Não percam esta visita, pois é sem dúvida alguma, uma excelente visita.

Obrigado a todos que me receberam tão bem. Fica aqui algumas fotos para vos entusiasmar a uma visita.

















sexta-feira, 24 de maio de 2013

HERDADE DE TORAIS, VISITA


   Foi no dia 6 de Abril que fui até ao Alentejo, Montemor-o-Novo, onde está situada a Herdade de Torais. Fernando Pedro Pereira Coutinho é produtor de vinhos mas também tem exploração de cereais, pastagens e gado bovino. Mas foram os vinhos que me levaram até estas terras maravilhosas. A herdade tem cerca de 200 héctares, mas em vinha são somente 20 héctares que tem em produção, escolhendo cerca de 10% para fazer os vinhos da Herdade de Torais, vendendo a restante uva. A herdade não tem adega própria, recorrendo a uma adega que aluga para fazer os vinhos e deixar a estagiar.






   Os vinhos já estavam à nossa espera, e, antes de almoçar um maravilhoso cozido à portuguesa, provámos os brancos e um rosé. Herdade de Torais Branco 2012, está prontinho para sair para o mercado mas ainda à espera do melhor momento. Ainda muito jovem, frutado, cítrico, muito vegetal e a deixar ligeiro amargo no final, com a madeira ainda a moldar-se, boa acidez, complexo e encorpado. Seguiu-se o Herdade de Torais Branco 2011. Excelente evolução. Boas notas de fruta madura, mais suave que o 2012, boa complexidade, acidez alta, fresco, bom corpo, com baunilha ligeira e toque de manteiga. Intenso e de final médio. Está no ponto. Provámos um Rosé 2012, que não está nem vai para venda, somente para consumo do proprietário, na qual tenho pena, pois gostei bastante. Framboesas, ligeiro doce mas sem chatear, frescura, boa acidez e toque floral. Feito com Syrah e Touriga Nacional. 



 Os vinhos foram acompanhados de queijos e enchidos da zona.



Seguiu-se o almoço, onde pudemos provar o Herdade de Torais Tinto 2008 que acabou de sair para o mercado. Fruta madura com ameixa passa, ligeiro chocolate. Frutado, acidez alta, frescura, encorpado, complexo e com final longo. Por gentileza do proprietário, seguiu-se o Torais Tinto 2004, Torais Tinto 2005 e para finalizar o Torais Reserva 2007. O primeiro, mostrou-se cheio de vida, com notas de cacau, ligeiro balsâmico, fruta passa, compota, com boa acidez, frescura e alguma evolução. O 2005 mostrou muita frescura, mais frutado, chocolate e notas de café, com ligeira adstringência no final. Bom corpo, intenso e final longo. E por fim, o Reserva 2007, muito vibrante, fruta bem presente, muito seco, complexo, intenso, músculado. Dos tintos, o 2005 está perfeito, é pena já não haver para comprar.



 Depois do almoço, um passeio pela herdade de trator, com uns belos bancos de palha. Ou se está no campo ou não se está. Uma visita guiada pelas vinhas, e por toda a herdade. Soube bem e a vista era linda.











 Mais umas explicações do Dr. Fernando Pedro Pereira Coutinho

E final da visita. Podem encontrar este vinhos à venda em garrafeiras, no El Corte Inglês e alguns restaurantes.

Herdade de Torais Branco 2012
Nota: 15
Preço: ainda não se encontra no mercado

Herdade de Torais Branco 2011
Nota: 16
Preço: a rondar os 9€

Herdade de Torais Tinto 2008
Nota: 15
Preço: a rondar os 9€

Herdade de Torais Reserva Tinto 2007
Nota: 16,5
Preço: a rondar os 24€

Herdade de Torais Tinto 2004
Nota: 16,5

Herdade de Torais Tinto 2005
Nota: 17,5

segunda-feira, 11 de março de 2013

WINESPOT, A GARRAFEIRA PREMIUM DO CHIADO

Hoje não venho falar de nenhum vinho mas sim de um novo espaço que abriu no Chiado, uma garrafeira premium. O conceito é ter vinhos de boa qualidade, não querendo isso dizer que sejam vinhos caros. A garrafeira está muito bem decorada, simples e moderna, com cores fora do normal mas escolhidas com gosto. As mesas e o balcão foram escolhidos em cor branca, para que, para os mais entusiastas, possam visualizar bem a cor dos vinhos. Caso se queira beber vinho a copo, 8 referências estão sempre a postos para saltarem para os copos, mas caso queiram desfrutar de uma ou mais garrafas, acompanhadas de uma tábua de queijos ou enchidos, escolhe-se, e as garrafas saem directamente das caves de vinhos que a loja possui, para poder beber os vinhos a uma temperatura adequada. Para alguns apreciadores, também existem alguns espirituosos e charutos, podendo levar para casa ou fumar no exterior. Uma garrafeira no centro do Chiado, com boas referências e preços justos para o espaço.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

VISITA À QUINTA DA FONTE BELA ( PARTE 2 )

Depois da visita à Quinta da Fonte Bela, seguimos para a sala de provas onde Cristina Antunes tinha já preparado alguns vinhos para se provar. Bons vinhos de entrada, gama média de qualidade e que me agradou imenso, e por fim uns monovarietais com grande potencial de evolução. Mais uma vez agradeço a Cristina Antunes pela excelente prova. Fica então a prova dos vinhos. 

Portada Branco 2011, maçã verde, muito fresco, suave, mineral, com acidez correcta, intensidade média e de final curto e agradável.

Nota Pessoal: 14















Paxis Arinto 2011, muito citrico, frutos de árvore ainda verdes, limão, muito fresco, acidez alta, intensidade média e
de final médio. Excelente para o verão.

Nota Pessoal: 15
Grand´Arte Alvarinho 2011, de nariz citrico, limão suave, marmelo e alguma líchia, com flor de laranjeira à mistura. Na boca complexo, macio, encorpado e persistente.

Nota Pessoal: 15,5
Portada Tinto 2009, frutado, boa estrutura, fácil, com algum corpo, intensidade média e de final médio e guloso.

Nota Pessoal: 15
DFJ Pinot Noir e Alfrocheiro 2008, rubi com rebordo acastanhado, fresco, alfarroba, ligeiro doce, complexo, corpo médio, intenso e de final longo.

Nota Pessoal: 16
Paxis Tinto 2009, seco, frutado, cor violeta, frutos vermelhos, bom corpo, fresco, intensidade m+edia e de final médio.

Nota Pessoal: 14,5
DFJ Touriga Nacional e Touriga Franca 2008, frutado, ameixas pretas, intenso, floral. Boca cheia de fruta, boa frescura, acidez perfeita, encorpado, taninos presentes, intenso e de final longo e persistente.

Nota Pessoal: 16,5
DFJ Caladoc e Alicante Bouchet 2008, frutado, com mirtilos e amoras pretas bem maduras, intenso, escuro, tosta. Excelente na boca, complexo, expressivo, encorpado, cheio de fruta bem madura muito bem casada com a madeira e acidez perfeita, intenso e de final longo.

Nota Pessoal: 16,5

Grand´Arte Touriga Nacional 2009, floral, frutos vermelhos, violeta. Na boca enche por completo, fruta madura, com boa frescura, caramelo suave no final.

Nota Pessoal: 16
Grand´Arte Alicante Bouchet 2009, ataque com espargos verdes acabados de cortar, café, fruta. Na boca encorpado, fruta madura, intensidade média, taninos médios e de final médio, com madeira ainda muito presente. Precisa de garrafa.

Nota Pessoal: 15,5
Grand´Arte Shiraz 2009, aromas intensos, vegetal, fruta madura, iogurte, ameixa passa, tosta, vinoso, intensidade média e de final longo.

Nota Pessoal: 15,5
Grand´Arte Touriga Nacional Special Selection 2007, aroma atraente, com fruta madura, cacau, fresco. Na boca, seco, fruta e madeira em conjunto com uma acidez perfeita, untuoso, muito elegante, complexo e de final longo e persistente. Excelente e a pedir comida.

Nota Pessoal: 16,5

domingo, 22 de abril de 2012

VISITA À QUINTA DA FONTE BELA ( parte 1 )

No dia 14 de Abril, rumei ao Cartaxo para uma visita à Quinta da Fonte Bela, onde se encontra a sede da DFJ Vinhos. Ali são os escritórios, vinificação, engarrafamento, armazéns, depósito de aproximadamente 3 milhões de litros de capacidade, adega de barricas, tanoaria, laboratório e sala de visitas. À minha espera estava Cristina Antunes, gestora de clientes da empresa, que me mostrou as instalações, contou a história da quinta e da empresa, tudo com muito entusiasmo e dedicação, transmitindo uma enorme paixão pelo que faz, pela área em que trabalha e pelo produto que tem para mostrar ao futuro cliente ou simples visitante. 

Localizada perto de Vila Chã de Ourique, no Cartaxo, esta quinta é centenária, sendo a maior parte dos edifícios da Arquitetura de Ferro no séc. XIX, executada por discípulos de Eiffel, e isso ainda se vê nas estruturas dos telhados todos feitos em ferro onde pousam as telhas, e uma destilaria magnífica mas que está inactiva.
A DFJ restaura algumas barricas em tanoaria própria, o que faz com que alguns vinhos que usem barricas de 2º e 3º ano, tenham um seguimento mais a fundo, escolhendo a tosta a usar depois de restauradas, ficando praticamente novas e conseguindo fazer experiências se é aquele perfil que querem para os vinhos a lançar. Todos os vinhos são pensados e elaborados ao gosto do cliente, resultado conseguido com parcerias, com distribuidores estrangeiros, nomeadamente no mercado inglês, que pedem a José Neiva qual o perfil de vinho que querem para que vença no mercado em questão. Mais de 90% da produção vai para exportação, e estamos a falar de cerca de 6 milhões de garrafas, cujos países são Inglaterra, Polónia, Suécia, Dinamarca entre outros. José Neiva, neste momento, o único proprietário da quinta, entre muitas castas que tem exclusivas para os seus vinhos, introduziu em Portugal a casta Caladoc, cruzamento de Grenache com Malbec, maior produtor português da casta Pinot Noir, também a casta tinta alemã Dornfelder está a ser cultivada. Alvarinho, onde é o maior produtor desta casta fora da região dos vinhos verdes, Alfrocheiro, uma casta do Dão e Alicante Bouchet fazem parte do vasto leque de castas que tem para produzir vinhos. 

A DFJ Vinhos é uma empresa 100% portuguesa, fundada em 1998 e orientada para a exportação de vinhos. Controla cerca de 400 ha de vinhas em quintas maioritariamente na região de Lisboa, Tejo, Douro, Terras do Sado e Alentejo.

Deixo-vos em baixo algumas fotos da beleza da quinta.


A destilaria inactiva mas de uma beleza...





 




Sala de provas


Toda a gama de vinhos da DFJ Vinhos.


Queria agradecer a Luís Gouveia e Vasco Neiva Correia pela amabilidade para com o blogue Adega dos Leígos de uma visita à Quinta da Fonte Bela, e a Cristina Antunes que foi de uma simpatia maravilhosa na maneira como me recebeu, de como falou do projecto e de ter estado num sábado disponível para a visita.

Obrigado a todos.

A seguir, a prova de alguns vinhos da Quinta.