terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

OUTONO DE SANTAR 2005

Quem nunca provou ou sequer ouviu falar de vinhos de colheita tardia, tem aqui uma boa hipótese para começar a saber o que são. São vinhos geralmente mais doces, ditos de sobremesa. As uvas são apanhadas mais tarde que a vindima normal, desidratando a uva e ganhando o nome de podridão nobre. Já na fase de caminhar para passa, a uva consegue dar estes magnificos vinhos. Este Outono de Santar 2005 é um vinho agradável para começar a saber como são estes vinhos.

Aspecto limpido, lágrima persistente e de cor amarelo palha.

No nariz, limpo, fruta seca, amêndoa, terra molhada. 

Na boca, meio-doce, fresco, algum citrino, casca de laranja, untuoso, de intensidade fraca e de final de boca médio.

Como disse, para quem não conhece, acho que é um bom vinho para começar a apreciar, mas a mim não me convenceu, pois conheço outros e este fica bem atrás deles. Acompanhem com um bolo de chocolate ou um doce regional que vai acompanhar muito bem. Beber fresco.

Nota: 15,5
Preço: a rondar os 11€, garrafa de 0,50l. Podem encontrar no Jumbo.

8 comentários:

António Figueira disse...

"ganhando o nome de podridão nobre" É melhor voltar a informar-se . Dizer isto é de uma ligeireza abismal. E Bolo de Chocolate para um LH até pode resultar mas não é o casamento perfeito. Doce Regional?? Seja mais preciso. Tanta ligeireza.

António Figueira

Adega dos Leigos disse...

Desde já agradeço o comentário. Quanto à " podridão nobre " não fui eu que lhe dei o nome, mas fica aqui um link de uma das casas que fazem este tipo de vinho e que o poderá esclarecer melhor. Falando das sobremesas, o bolo de chocolate pode não ser o melhor, mas casou muito bem na minha experiência, e no caso do doce regional, tem razão, podia ser mais especifico. Talvez um doce conventual, feito à base de ovos e por serem muito doces. Mas se quiser beber a acompanhar o que o António quiser, força, mas beba-o.

http://www.alorna.pt/Detail.aspx?id=1108

António Figueira disse...

Se ler com atenção o link que coloca, e se tiver entendido, verá que o que escreveu é diferente do que o que está indicado nesse link. Talvez tenha tentado dizer o mesmo por outras palavras mas...

Não se ganha nome nenhum - como diz-.Após se ter desenvolvido o fungo Botrytis Cinerea e este ter atacado o fruto temos então o aparecimento da podridão nobre.Não é por ser colhida tardiamente que causa a Podridão Nobre, é ser atacado pelo fungo. E só assim temos a verdadeira colheita Tardia.

Não disse que inventou um nome, disse que o utilizou com uma noção vaga do mesmo.

António Figueira

Adega dos Leigos disse...

Então agradeço imenso o esclarecimento, vejo que percebe mais do que eu do assunto, e com o seu comentário, aprendi mais qualquer coisa. Obrigado.

Rui Pereira disse...

Viva,

Poderia procurar inúmeras fontes de informação ou mesmo estruturar aqui uma ideia, mas gostei desta que traduz efectivamente o conceito:

"Podridão Nobre: é o ataque que a uva sofre na sua fase final de amadurecimento pelo fungo/mofo, Botrytis cinerea. Este fungo instala-se na película da uva, extraindo do fruto a água necessária para o seu crescimento.
Desta forma a uva passa por um processo de desidratação, aumentando seu conteúdo de açúcares, acidez, aromas e compostos fenólicos." in www.vinhosnet.com.br

Contudo em Portugal, de todas as supostas Colheitas Tardias que provei, poucas ou nenhumas me pareceram que fossem afectadas por podridão nobre. Diria mais, parece-me que as desidratam por outros processos.

www.artmeetsbacchus.blogspot.com

António Figueira disse...

Ora aqui está alguém que sabe do que se está a falar e que se documenta com objectividade.

António Figueira

Adega dos Leigos disse...

Concordo em pleno. Obrigado Rui Pereira por ter comentado e esclarecido este assunto. Queria também dizer aos leitores que, caso vejam que alguma informação está incorrecta ou mal formulada, não deixem de participar e deixar comentários como o do Rui Pereira, que comentou para esclarecer e alertar de uma maneira muito correcta.

Carla Mateus disse...

Boa tarde. Em primeiro lugar queria dar.lhe os parabéns pelo trabalho que tem feito em informar os que, como eu, percebem pouco de vinhos mas gostam. Gosto da maneira como informa, pois é simples e directa, sem grandes explicações, pois eu como consumidora, quero é ver se me agrada a sua escolha, o seu comentário ao vinho e o preço, e não se é podridão nobre ou outra coisa qualquer. Continue a informar como sabe, ao menos apresenta trabalho feito.

Carla Mateus
Lidl Manager