quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

BRANCOS MADUROS VS BRANCOS JOVENS

 Aqui fica um texto escrito e muito bem por um colega blogger, onde estou totalmente de acordo, e, no meu gosto pessoal, também gosto ds brancos maduros, com evolução e madeira qb. Não deixem de visitar o blogue dele.



" Quem me conhece sabe que me bato pelo consumo dos vinhos brancos maduros. Não é que não goste deles acabados de sair. Gosto e muito, mas retiro um prazer especial dos vinhos com um pouco mais de idade. Ok! Ok! São para consumir em alturas diferentes. Sei disso!
Regra geral, os vinhos que evoluem positivamente, só com a idade mostram a verdadeira essência. Só passado o período do deslumbramento tropical, floral e frutal (sei que a palavra não existe. Sou burro, mas não sou tanto!),…, é que vemos revelada toda a sua magia.
A esta altura da argumentação, já me começa a enrolar a língua, engadanham os dedos, entorpece o cérebro. Os argumentos não querem sair e os impropérios que passo a cuspir não são suficientes para me satisfazer na explicação.
Aqui há dias, tentava eu mais uma vez dar luz aos argumentos quando por fim a vi (por acaso foi no dia de um jogo do SLB, mas esta luz nada tem a ver com a da catedral). Epifania por fim. Ainda que altamente machista (as meninas que me perdoem) penso que todos entenderão visto tratarem-se de estereótipos comuns na sociedade.
Se comparar os vinhos brancos a perfis femininos, vejo no novo a “gaja boa”. Carinha laroca e um corpo deslumbrante (com ou sem plástica) que faz palpitar todo o sistema hormonal de um homem. Em maior ou menor escala há o apelo primário à satisfação da carne e pouco mais.
Já um vinho com mais idade, com alguma evolução, comparo à mulher madura, elegante, não necessariamente bonita no sentido “barbie” mas, charmosa e inteligente, profunda e com mais camadas para ir descobrindo. Apelo emocional em detrimento do hormonal.
Não tem mal preferir um ao outro. Ambos têm atributos distintos e adaptáveis ao momento. Já fico contente se passarem a considerar os dois como propostas válidas e abandonarem essa ideia ainda reinante de que branco que não seja mamado em novo mais vale ser gasto nos tachos. Este tipo de vinhos, feitos com tecnologia apropriada, tem todas as condições para durar bons anos. Quando feitos propositadamente para o efeito… muitos anos.
A vantagem nos vinhos é que a sociedade não torce o nariz se andármos a bicar ora na gaja boa, ora na madura.
Cá por casa andamos nos brancos com mais idade, com alguma evolução. Procuramos a mineralidade, o salgadinho e a complexidade harmoniosa. Procurem, procurem voçês também que vão encontrar agradáveis surpresas.
Não tenham medo de experimentar, não tenham medo de errar, não se deixem formatar.
Peço-vos."

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