quinta-feira, 12 de agosto de 2010
CLASSIFICAÇÃO DADA AOS VINHOS
Existem revistas mensais que nos falam das novidades de certas quintas, produtores, novos desafios, novos vinhos a sairem para o mercado, etc. Compramos, lemos, para estar a par das novidades. Mas por vezes deparo-me com situações em que a minha cabeça fica a pensar. A classificação que dão aos vinhos nas revistas. O grande interesse dos produtores é terem notas altas nos seus produtos, mas como é que isso se adquire? Tem realmente o vinho, classe para ter a nota dada pelas revistas? Como é que temos produtores que vão para o estrangeiro com os seus produtos e trazem de lá medalhas de ouro, e cá não passam de vinhos com notas ditas normais? Por vezes esses produtores não são conhecidos como as grandes quintas já conhecidas, mas o pouco que têm para investir, querem investir em concursos no estrangeiro, e com isso, fazerem-se conhecidos cá dentro. É que assim, fica-lhes muito mais barato. Mas é vergonhoso terem que ser eleitos por fora para conseguirem vingar no nosso cantinho. As revistas são pagas com publicidade, e nenhum produtor quer fazer publicidade ao seu produto, tendo os avalistas dado uma nota menos boa aos seus vinhos, pois não ia vender. É muito mais cómodo e menos complicado fazer com que acreditem num produto, do que ter um produto bom. A falta de "tomates" que o português tem impressiona-me, só é pena haver pouca gente na luta contra estes defeitos que a sociedade tem.
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3 comentários:
Boas, não se podem dizer que não os tens, de facto! Eu pessoalmente gosto muito de pessoas corajosas, mas espero que tenha o peito aberto! Vem aí bala!
Abraço
P.S.: Se pesquisares, esse tema já foi debatido algumas vezes no Forum da revista de vinhos e, salvo erro nalguns blogues.
Os tomates da Quinta das Amendoeiras são fantásticos - grandes, carnudos e perfumadíssimos. Mas dedicamo-nos mais às uvas, de que fazemos o vinho. E o vinho - o Negreiros 2007 - teve uma medalha de ouro num concurso internacional em Itália, mas também não me posso queixar das notas que a crítica nacional lhe vem dando. A sério! Não é por falta de tomates que o digo: nunca me senti preterido, diminuido, sub-avaliado ou de alguma maneira injustiçado pela crítica nacional. Se lhe fizesse algum reparo seria o de super-avaliar vinhos que, por não serem tão bons, banalizam as notas boas. Mas acho que aí há mais porreirismo do que interesses comerciais em jogo. Mas confesso-me um naif total nessas matérias.
É porque o Mário tem realmente um bom produto, e apostou nisso e acredita nele. E sei que vem aí outro ainda melhor. Quanto ao porreirismo, devia ser dado aos amigos, mas por vezes leva a simpatias que não são as reais.
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